Por que razão haveria um revisor linguístico, alguém “de letras”, de se interessar pela área contabilística, onde reinam os números? Uma questão de inescapável resposta.
Após vários anos a detectar erros linguísticos alheios e falhas em estruturas frásicas, a remodelar textos e a colocar vírgulas no sítio, instalou-se o tédio; com o tédio, veio a necessidade de mudança; e da necessidade, veio a invenção: voltar a estudar uma área radicalmente diferente onde pudesse investir a paciência, o rigor, o olho clínico e a obsessão pelo detalhe que fui desenvolvendo ao longo da vida. Juntemos uma pandemia propícia à reclusão e ao estudo a uma personalidade que se interessa por coisas aborrecidas e criou-se a conjuntura quase perfeita.
Do cruzamento entre uma auto-análise de interesses, forças e fraquezas pessoais com a inevitável análise do “mercado de trabalho”, surgiu a ideia de estudar gestão com finanças e contabilidade na mira. Constatando ao longo do curso que “a contabilidade é a álgebra do direito”*, desenvolvi um particular interesse por temas da fiscalidade.
E eis que 33 “cadeiras” depois e muito excel, está na hora de voltar a ser estagiário, na esperança de que um passo atrás no presente se transforme em dois passos à frente no futuro. Eterno estudante ávido de aprender e desejoso de ser útil, aqui me apresento.
Colaborações com: Porto Editora, Relógio d’Água, Grupo Lidel
Principais clientes: Novartis, Cardhu, Danone
Cliente com mais notoriedade: The Yeatman Hotel